27 diciembre 2007

Sonhos...

"Eu me conto em segredo, em verdades ocultas
que sempre soube mas que não podia
saber. E, neste jogo ardiloso, vou
descobrindo, surpreso e perplexo, aquilo
que sou mas que não podia ser. Mas,
sempre fui sem poder saber!
Eu sonho!"
"Um dia sonhei que era EU e quando
acordei descobri que vivia um NÃO-EU
Mas, em que enrascada danada eu tinha me metido,
Pois vivia no sonho e sonhava na vida."

Victor R. C. da Silva Dias

01 diciembre 2007

Um homem debatesse entre a vida e a morte, a família o espera, agarrada a única esperança que dá o som da respiração que se repete segundo após segundo. Porquê? E nós? Porquê não pensou em nós? Rezam a um Deus que pouco os tem ajudado, parece que se tenha ausentado, esquecido daquela família. Lá encima, essa mulher que tanto viveu, sente revoltada como os 89 anos a colam ao colchão, …mas não se conforma e grita por dentro, e cada lágrima é um pedaço da sua dor. Despede-se do sol, e todas as noites suplica à lua que vele o sono dos seus seres queridos. No mundo ao lado, ele morre. Silenciosa, persistente, implacável… a morte fica ao seu lado, embala o seu débil corpo e lembra-lhe que já faltam poucas horas para partir. Os amigos desacreditados com qualquer tipo de justiça, reclamam, protestam e choram a partida. Eu, espectadora do drama, do final amputado da história. E ela? Como foi? Há dias dava o último suspiro, a sua juventude não deu garantias, e a doença foi mais ousada do que esperava….
Agora, a vida fica dolorosa e frágil…