27 febrero 2009


Há coisas...

Há coisas que só se deveriam falar em raros momentos de intimidade.


Há coisas que nos envergonhamos de confessar e…não confessamos.


Há coisas das quais nos arrependemos mas que sabemos que teríamos que as fazer, se nunca as tivéssemos feito.


Há coisas que só são de nós e que deveríamos relembrar enquanto não envelhecemos.


Há coisas que magoaram tanto que é com certo espanto que comunicamos que já deixaram de doer.


Há coisas que não entendemos, não compreendemos e…ainda bem que assim é.


Há coisas que ainda nos revoltam para nos lembrar que insistimos em viver à nossa maneira.


Há coisas que contamos e nunca nos ouvem, porque?


Há coisas que imaginamos tão maravilhosas que preferimos não conhecer .


Há coisas que continuam a ser sonhos, porque é fundamental não deixar de sonhar.


Há coisas demasiado delicadas para se pensar nelas, muito menos ainda para delas se falar.


Há coisas das quais nos esquecemos, por não conseguir vivermos com medo ou por não conseguir suportar a raiva.


Há coisas que todavia desejamos que continuem a surpreender-nos.


Há coisas impensáveis, extraordinárias e incomparáveis.


Há coisas que não mudam, como reivindicar a necessidade de ser nós próprios.

10 febrero 2009

Adaptação da peça que rendeu o prémio Pulitzer ao dramaturgo John Patrick Shanley.
Que atire a primeira pedra aquele que nunca agiu com alguma dúvida...
Que atire a primeira pedra quem nunca foi intolerante...ou xenófobo...ou racista...
Que atire a primeira pedra...

01 febrero 2009