18 octubre 2007


Que mistério é este que nós une e afasta, como marionetas de um teatro qualquer, numa rua da nossa cidade.

Que mistério é este que olha à volta de mim e só vê a lágrima previsível numa alma cansada.

Que mistério é este silêncio, que deforma os dias em desertos vazios de areias, cores, calores,…
Que mistério é a noite imensa, imensa como o esquecimento.

Que mistério é a vida que aparece como uma ameaça tão inevitável como a morte...

Que mistério é aquilo que escrevo depois de tê-lo perdido.

Que mistério é esta humanidade de escravos de nós próprios.

Que mistério é esta tristeza, porque embora tudo mude, nada muda.

Que mistério é este que ainda nos move...

1 comentario:

Anónimo dijo...

Aqui eu te amo e em vão te oculta o horizonte.
Estou a amar-te ainda entre estas frias coisas.
As vezes vão meus beijos nesses barcos solenes,
que correm pelo mar rumo a onde não chegam.
Já me creio esquecido como estas velha âncoras.
São mais tristes os portos ao atracar da tarde.
Cansa-se minha vida inutilmente faminta..
Eu amo o que não tenho. E tu estás tão distante.