01 diciembre 2007

Um homem debatesse entre a vida e a morte, a família o espera, agarrada a única esperança que dá o som da respiração que se repete segundo após segundo. Porquê? E nós? Porquê não pensou em nós? Rezam a um Deus que pouco os tem ajudado, parece que se tenha ausentado, esquecido daquela família. Lá encima, essa mulher que tanto viveu, sente revoltada como os 89 anos a colam ao colchão, …mas não se conforma e grita por dentro, e cada lágrima é um pedaço da sua dor. Despede-se do sol, e todas as noites suplica à lua que vele o sono dos seus seres queridos. No mundo ao lado, ele morre. Silenciosa, persistente, implacável… a morte fica ao seu lado, embala o seu débil corpo e lembra-lhe que já faltam poucas horas para partir. Os amigos desacreditados com qualquer tipo de justiça, reclamam, protestam e choram a partida. Eu, espectadora do drama, do final amputado da história. E ela? Como foi? Há dias dava o último suspiro, a sua juventude não deu garantias, e a doença foi mais ousada do que esperava….
Agora, a vida fica dolorosa e frágil…

1 comentario:

Anónimo dijo...

Descubrí este blog hace pocos dias. Estaba triste y con la sensación de que nadie podría comprenderme, pensaba que mi tristeza era "anormal", me costaba soportarla. Sorprendentemente, este blog me ayudó a sentirme comprendido, pues describe el sentimiento humano con una profundidad y al mismo tiempo tan naturalmente que es difícil no sentirse reflejado. Gracias por ofrecer un espacio para "bucear" sin miedo. Al autor/a/es enhorabuena!!